Quais são os problemas mais comuns ao iniciar um negócio?

Se você já analisou todas as ideias possíveis sobre o negócio que pretende abrir, fez pesquisas consistentes de mercado, planejou tudo com muita antecedência, enfim está tudo certinho, não? Agora você já pode abrir a sua empresa e partir para o sucesso plenamente satisfeito e com muito dinheiro no bolso!

Na realidade, o melhor a fazer mesmo, é colocar os dois pés no chão e se preparar para os contratempos mais comuns depois que o seu negócio passar a existir. Quer saber quais são? Continue a leitura!

Falta de planejamento

Esse é um dos motivos mais frequentes que concorrem para o fracasso de novos negócios. Mas, estamos nos referindo ao planejamento que acontece depois da abertura da empresa. Com muita frequência, empresários focam tanto na solução dos problemas diários do negócio que se esquecem de prestar atenção ao panorama geral da empresa.

Esse cuidado é necessário para prever tendências de mercado, antecipando estratégias para aproveitar oportunidades ou até prevenir ameaças inerentes ao cenário do qual a empresa faz parte.

Inadequação do preço de venda

Definir preços de vendas adequadamente é sempre um desafio para empreendedores, afinal, esse processo passa por determinados cálculos financeiros, como custos operacionais + custo do produto + lucro pretendido.

Além disso, existe a análise do mercado e dos preços da concorrência. Portanto, não é uma tarefa simples e vai muito além da adição de um valor percentual baseado no preço da nota fiscal.

Fluxo de caixa insuficiente

São diversos os problemas que podem levar um negócio a ter um fluxo de caixa negativo e isso constitui uma das principais causas da falência prematura de empresas. Muitas vezes, o empresário não sabe quanto deve pagar e receber no mês.

Por isso, é fundamental manter o monitoramento do fluxo de caixa frequentemente e, hoje, é possível contar com sistemas automatizados que executam esse trabalho com muita eficiência e agilidade.

Planejamento do estoque incorreto

Outro problema encontrado em empresas novas é o não planejamento do estoque adequadamente. Esse é um elemento do negócio que consome recursos financeiros, portanto, não pode ser excessivo nem escasso, o que geralmente acontece em empresas novatas.

Assim, é necessário levar em conta o volume de vendas por mês, o estoque mínimo para cada produto e o prazo para reposição dos itens, desde o momento do pedido feito com o fornecedor até a efetiva entrega dos produtos. Lembre-se de que, muitas vezes, o capital de giro que você precisa manter, fica parado no estoque.

Irregularidade da documentação da empresa

Parece incrível, mas esse é um dos problemas mais corriqueiros que existem. Apesar da exigência para correr atrás de todas as licenças e registros requeridos para abrir a empresa, atrasos podem ocorrer e custar uma parcela do seu capital de giro. Por isso, é interessante considerar esses atrasos já na etapa do plano de negócios sob a forma de reserva para contingências, o que normalmente não acontece.

Um exemplo que pode ilustrar bem esse tipo de situação é imaginar o atraso de 60 dias de uma licença que pode impedir o funcionamento de uma farmácia, se o documento em questão é uma licença da vigilância sanitária. Isso sem falar na possibilidade de o empreendedor ter de fazer despesas pessoais já previstas para os primeiros meses de funcionamento do negócio.

Excesso de tributação

Já sabemos e lamentamos o tamanho da carga tributário do Brasil, entretanto, o custo quando se deixa de cumprir qualquer obrigação tributária pode ser muito maior, caso haja multas ou até impedimento do funcionamento da empresa.

Assim sendo, procure conhecer muito bem quais são os impostos que incidem na atividade no seu negócio, uma vez que eles impactam diretamente no preço de venda dos serviços ou produtos.

Ausência de financiamento para empresas novas

Tanto para abrir uma empresa quanto para aquelas que têm menos de um ano de mercado é muito difícil poder contar com um financiamento para investir no negócio. E, uma das necessidades mais comuns de pedidos de financiamento é voltada para o capital de giro, em razão do planejamento inadequado e ausência de valores a título de reserva para contingências.

Por tudo isso, ao iniciar um negócio, lembre-se de que imprevistos e obstáculos surgem o tempo todo. E, mesmo depois de muito planejamento nas etapas que antecedem a abertura da empresa, esses planos continuam sendo importantes para a tomada de qualquer decisão durante o andamento dos negócios.

O que pode dar errado ao abrir uma empresa?

A sua ideia inicial é muito boa e os recursos financeiros guardados para abrir um negócio são mais que suficientes, então, não há por que dar algo errado, certo? Não, exatamente. Por quê? A resposta é simples, mas a tarefa de abrir uma empresa, nem tanto, afinal, você está sempre correndo o risco de esbarrar em alguns obstáculos ao longo da jornada.

Mas, também não há motivo para desânimo. Com persistência, planejamento e paciência, é mais do que possível desenvolver uma boa ideia e abrir um negócio de sucesso. No entanto, antes, confira aqui alguns problemas comuns que acontecem logo que se abre um negócio e saiba como evitá-los!

Falta de planejamento

Esse é o principal problema enfrentado por empreendedores iniciantes, mesmo se tratando de algo fundamental, que engloba praticamente tudo o que interessa à formação da empresa. O processo, então, já começa com um dos primeiros e mais importantes objetivos: a identificação do público-alvo e o que deve ser feito para chegar até ele.

Com base nesse primeiro passo do planejamento, você estabelece o ponto do seu negócio, que tipo de marketing usar para chegar ao seu público de interesse, quais são os melhores fornecedores para o seu produto e muitos outros pontos essenciais. Tudo isso na fase inicial, ou seja, de planejamento.

Crédito insuficiente

Planejar um empreendimento financeiramente também é crucial para qualquer negócio, afinal, é a partir dele que você definirá o crédito necessário para os gastos iniciais e mensais, além dos custos com fornecedores, com pessoal e a margem de lucro projetada. Aqui, é importante frisar que praticamente todas os negócios, incluindo os de sucesso, levam alguns anos para apresentarem lucros.

Portanto, nesse universo, desde um pequeno comerciante até grandes empresários, sabem que abrir uma empresa sem crédito é muito difícil. Com um bom crédito, você pode fazer investimentos iniciais, adquirir insumos e manter um fluxo de caixa antes que a empresa comece a gerar lucros reais e alavancar o negócio.

No Brasil, hoje está muito mais fácil conseguir crédito que há uma década ou mais. No entanto, é preciso ter cautela em relação aos juros altos e às parcelas, que podem se transformar em um monstro de endividamento impossível de quitar, ainda que a empresa tenha sucesso. Para tanto, pesquise as melhores taxas e tome empréstimo apenas do valor necessário.

Atraso na regularização da documentação da empresa.

Por incrível que pareça, esse problema ainda é um dos mais corriqueiros. Ainda que você tenha feito todas as pesquisas sobre registros e licenças para abrir uma empresa, os atrasos ainda são comuns e podem custar uma parte do seu capital de giro.

Por isso, considere esses atrasos também no seu plano de negócio, lá no começo, lembra? Com isso em mente, reserve um dinheiro para as contingências. Entretanto, infelizmente, nem sempre isso é suficiente. Muitas vezes, pode ocorrer, por exemplo, um atraso de 60 dias de uma licença capaz de comprometer o funcionamento da empresa, como uma licença da vigilância sanitária.

Além disso, algumas despesas pessoais que já estavam previstas para os primeiros meses do funcionamento da empresa, podem colocar o negócio em cheque.

Burocracia

A burocracia no Brasil é um dos grandes entraves para abertura de empresas, que podem levar, em média, mais de 50 dias. É classificado como um dos processos mais extensos do mundo todo. Só de burocracia fiscal, consumimos milhares de horas ao ano, o que leva o nosso país a uma desanimadora posição entre os países mais burocráticos do globo.

Por tudo isso, para garantir o sucesso da sua empresa, você deve aprender como driblar esses entraves, sabendo quais são os tributos a pagar, os prazos para liberação de alvarás e as certidões exigidas para que o seu negócio possa funcionar devidamente.

Para tanto, conte com uma empresa contábil para ajudar você a providenciar toda a documentação necessária a fim de abreviar ao máximo o tempo gasto com burocracias e exigências legais. Depois, use todo o seu talento para se dedicar à sua marca!

Precisa de um advogado para abrir uma empresa?

De forma simples e direta, não é obrigatoriamente necessário, mas nunca é demais ter um por perto para ajudar, caso você decida abrir uma empresa. Um advogado pode ser assessor jurídico ou resolver questões jurídicas pontuais.

Mas, quando o assunto é abertura de empresas, é muito mais comum recorrer ao contador, afinal, é ele que trata da abertura da empresa e lida com a área econômica, financeira e patrimonial.

Além disso, é ele quem providencia os registros contábeis, declara o imposto de renda de pessoas jurídicas revisa balanços e contas, entre outras inúmeras atividades.

Toda empresa é obrigada a fazer contabilidade?

Em geral, sim, uma empresa é obrigada a fazer contabilidade e isso está atrelado a várias razões. Primeiramente, a contabilidade precisa ser realizada por um profissional devidamente inscrito no CRC e ativo.

Algumas situações judiciais exigem a apresentação da escrituração contábil. São os casos de sucessão, administração por conta de terceiros, comunhão e falência. Além disso, todo ano, os sócios das empresas também devem fazer a aprovação das contas administrativas de forma obrigatória.

Previsão contida no Código Civil

No Capítulo IV do Código Civil, está estabelecido que uma empresa, no geral, é obrigada a fazer contabilidade e manter sua escrituração contábil. É indispensável ter a escrituração das operações no Livro Diário, que deve estar registrado no Registro Público de Empresas Mercantis.

Além disso, é necessário fazer o levantamento do Balanço Patrimonial e da Demonstração do Resultado do Exercício.

Pessoas discutindo se as empresas são obrigadas a fazer contabilidade

Conselho Federal de Contabilidade e a obrigatoriedade

A Resolução CFC nº 1.330/11 obriga todos os profissionais de contabilidade a seguirem as Normas Brasileiras de Contabilidade, uma vez que toda empresa é obrigada a fazer contabilidade.

Entre essas normas, o ITG 2000 obriga o contador a realizar a escrituração contábil por intermédio do Livro Diário, baseado na documentação que comprova as operações executadas pela empresa.

Com isso, os contabilistas que não se submeterem às normas da contabilidade podem sofrer sanções pelo Conselho Regional de Contabilidade ou mesmo da Justiça.

Legislação Tributária

Quanto às normas tributárias, a empresa que é optante pelo Lucro Real é obrigada a fazer contabilidade, de forma automática. Isso porque a apuração do IRPJ e da CSLL têm como base a própria escrituração contábil da empresa.

De acordo com o art. 10 da Lei nº 8.218/91, as pessoas jurídicas optantes pelo Lucro Real precisam manter em ordem o Livro Diário. E isso está em conformidade com as normas contábeis aplicáveis. Assim sendo, ao deixar de manter essa recomendação, o lucro da empresa passa por arbitramento.

Empresas optantes pelo Simples Nacional e Lucro Presumido

Esses dois tipos de empresas são obrigadas a realizar a contabilidade, segundo a previsão do artigo 14 da Lei Complementar nº 123/2006 (Simples Nacional) e o artigo 225 da Instrução Normativa 1.700/17 (Lucro Presumido).

Isso é importante principalmente caso haja distribuição de lucros aos sócios em valores superiores à base de cálculo presumida, depois de deduzidos os próprios tributos federais.

A base de cálculo presumido, portanto, costuma ser equivalente a 8% do faturamento em atividades de industrialização e comercialização, além de 32% relativa ao faturamento de prestação de serviços.

Se a empresa optante pelo simples Nacional ou pelo Lucro Presumido distribuir lucros aos sócios em valores acima do limite acima citado, sem estar obrigada a fazer contabilidade, demonstrando os lucros bastantes para suportar essa distribuição, esse excedente fica sujeito aos mesmos tributos que incidem sobre o pró-labore.

Existem outros motivos a se considerar?

Sim, várias outras razões para uma empresa ser obrigada a fazer contabilidade. Vejamos algumas a seguir:

  • ao fornecer informações gerenciais úteis na tomada de decisões;
  • em participação de licitações;
  • caso seja necessário realizar planejamentos tributários e sucessórios;
  • para melhorar o perfil de crédito perante bancos, clientes e fornecedores;
  • para prestação de contas do administrador;
  • como prova em caso de processos judiciais;
  • na viabilização de eventual venda da empresa a investidores.

Por todos os motivos acima expostos, vale muito a pena manter as obrigações da empresa frente a todas as instituições e órgãos oficiais e garantir a integridade dos seus negócios.

Como a contabilidade pode ajudar na redução de custos?

A contabilidade é uma área fundamental para qualquer empresa que deseje prosperar em um mercado competitivo. Além de fornecer informações precisas sobre a saúde financeira do negócio, ela também pode ajudar a identificar oportunidades de redução de custos.

Um contador bem treinado pode analisar cuidadosamente as despesas da empresa e identificar áreas em que o dinheiro está sendo gasto de forma desnecessária. Isso pode incluir despesas excessivas com fornecedores, gastos excessivos com salários ou até mesmo desperdícios operacionais.

Ao identificar essas áreas, o contador pode trabalhar em conjunto com a equipe de gestão para desenvolver estratégias para reduzir os custos. Isso pode incluir a negociação de contratos com fornecedores, a otimização de processos internos ou a eliminação de despesas desnecessárias.

Concluindo, a contabilidade é uma ferramenta poderosa para ajudar as empresas a controlar seus custos e maximizar seus lucros. Com uma boa contabilidade, as empresas podem tomar decisões informadas e estratégicas para garantir sua sustentabilidade financeira a longo prazo.

Como funciona a contabilização da ajuda de custo para home office

Com a popularização do trabalho remoto, muitas empresas estão oferecendo ajuda de custo para seus colaboradores que trabalham em home office. Mas como isso é contabilizado?

A ajuda de custo para home office é considerada uma verba indenizatória, isenta de impostos e encargos trabalhistas. Isso significa que não há incidência de INSS, FGTS, IRPF e outros tributos sobre esse valor.

Porém, é importante que a empresa faça um registro adequado dessa despesa na contabilidade. Recomenda-se que seja feito um lançamento contábil específico, de acordo com as orientações do setor contábil ou do contador responsável.

É fundamental manter a documentação comprobatória dos pagamentos realizados, como recibos ou contratos, para garantir a transparência e a conformidade legal.

Assim, ao oferecer ajuda de custo para home office, a empresa proporciona um suporte aos colaboradores e mantém-se em conformidade com as obrigações contábeis.

Como contabilizar despesas com alimentação de funcionários?

A contabilização das despesas com alimentação de funcionários requer atenção e precisão para manter a conformidade com as normas contábeis e tributárias. Esses custos podem ser classificados como despesas operacionais e dedutíveis para efeito de Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), desde que atendam a certos critérios.

É fundamental separar os gastos com alimentação dos funcionários das despesas pessoais dos sócios ou administradores, evitando confusões contábeis. Recomenda-se a utilização de documentos fiscais adequados, como notas fiscais, para comprovar as despesas.

Ademais, é importante estar atualizado sobre as legislações trabalhistas, pois o fornecimento de alimentação pode gerar impacto nas obrigações sociais e previdenciárias da empresa. Contar com o auxílio de um contador experiente é aconselhável para garantir a correta contabilização e cumprimento das obrigações legais.